Mulher pássaro
Hoje eu não quero a sensatez
Não quero as rugas da lucidez
O equilíbrio na ponta dos pés
Quero os pés descalços
Pisando a terra molhada
A relva orvalhada
Busco o cristal escondido na areia
O desembaraço das minhas teias
Quero o hálito da simplicidade
Em palavras sussurradas
Necessito dos pensamentos arejados
Avessos a toda vaidade
Quero o descompromisso
O desapego
Nenhuma ansiedade
Sou mulher pássaro
Sou sonho
Sou grito de liberdade
Úrsula A. Vairo Maia
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
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